WANDERSON DE PAULA - HOMEM DE PALAVRA

..."É necessário que Ele cresça e que eu diminua..."







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sábado, 30 de outubro de 2010

A necessidade de treinamento.


Um dos problemas que mais atormentam o governo de qualquer país, é o sobe e desce na taxa de emprego. Conseguir emprego é muito difícil.
Com o crescente uso das máquinas, que cada vez são mais sofisticadas, a mão de obra humana, tem se tornado cada vez mais dispensável. Mesmo assim, quando lemos ou assistimos alguns jornais locais, eles fazem algumas propagandas de utilidade publica, nós percebemos que existe um grande número de vagas para emprego. Parece um paradoxo. Como pode haver tantas vagas para trabalhar e tantas pessoas precisando do emprego?
A grande maioria dos empregadores, se não todos, quando abrem vagas, vão dar preferência para os candidatos que tem mais qualificações e experiência, assim podemos concluir que o que falta não é emprego, a carência do mercado de trabalho é de pessoas capacitadas, qualificadas, treinadas para preencher a vaga que o empregador colocou a disposição.
Quando o candidato tem o treinamento necessário, e sabe desempenhar com excelência o trabalho, nenhuma empresa quer abrir mão dele, esse profissional é disputado pelas empresas, podendo escolher a melhor proposta e raramente fica desempregado.
Acredito que Deus, de certo modo, age da mesma forma, a grande diferença é que Deus não escolhe (ou tem preferência) pelos capacitados, mas com toda a certeza, treinará a todos quando os chamar para o trabalho na ceara.
Eu tenho percebido, não só na Bíblia Sagrada, mas também na experiência, que Deus leva mais tempo treinando alguém do que a realização de uma tarefa.
Com José não foi diferente. Ele não foi levado por Deus a ser o governador do Egito da uma hora para outra. Deus levou cerca de 10 a 13 anos o treinado.
Outro caso semelhante é o de Moisés, que sem dúvida alguma, é um dos maiores líderes da Bíblia, mas ele não chegou aonde chegou sem primeiro ser treinado.
A vida de Moisés pode ser dividida em três períodos de quarenta anos:
1º período de quarenta anos Deus permitiu que Moisés fosse criado no Egito preparando-o intelectualmente.
2º período de quarenta anos Deus o levou para o deserto para treinar seu espírito e temperamento.
3º período de quarenta anos Deus o usava para guiar o povo em direção terra prometida.
Assim como no caso de José, Moisés precisava ser preparado.
No segundo caso, dos 120 anos que Moisés viveu, 2/3 de sua vida foram necessários para que estivesse pronto para ser o líder do povo, isso não significa que Moisés era incapaz de cometer alguns erros, como podemos ver lendo a sua biografia.
O treinamento pode variar de pessoa para pessoa. O tempo de treinamento quem determina é Deus. O certo é que quanto maior for a responsabilidade a ser assumida, mais tempo o treinamento terá de durar.
De nossa parte, temos que ter coragem para aceitar o desafio de sermos treinados por Deus.
Perseverança par. não desistir e ir até o fim do treinamento.
Humildade para aceitar quando Deus disser que ainda não estamos prontos.
Ter paciência para não atropelarmos as etapas do treinamento achando que está demorando demais.
Aguardar o tempo e à hora de Deus.
E por último, mas não menos importante, saber reconhecer que aonde se chegou foi porque Deus o levou, tributando a Ele honra e glória.

Wanderson de Paula.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sucesso no exercício profético


Ezequiel quando foi chamado, Deus lhe mostrou visões celestiais, mesmo estando ele na Babilônia, mas é no capítulo 2 que o Senhor lhe revela a quem ele seria enviado, como eles o receberiam, como ele se sentiria no meio deles e como eles receberiam a mensagem, que da parte de Deus, ele traria.
Ezequiel seria enviado a casa de Israel e também as nações, ambas rebeldes para com Deus. Eles o receberiam com semblantes duros e que palavras ofensivas. Ele se sentiria como se estivesse entre espinhos, sarças e escorpiões. E por fim eles não receberiam de bom grado a palavra de Deus, por ele trazida.
Nos dias hodiernos se fala tanto em obter resultados, será que poderíamos dizer que o profeta Ezequiel obteve sucesso como profeta?
Nesta passagem podemos aprender que o êxito pessoal de um profeta não está em obter resultados favoráveis, se assim fosse, poderíamos então dizer que Ezequiel fracassou no exercício de sua missão profética. Estou procurando mostrar que existe uma distinção entre a ação produzida pela palavra e a consciência tranquila, do dever cumprido, pois a mensagem foi entregue como Deus mandou.
O Senhor disse a Ezequiel que deveria falar, quer eles ouvisse ou deixassem de ouvir. Era como se Deus dissesse para Ezequiel: “Não foque o Resultado”. Se ele assim fizesse, certamente se decepcionaria.
Obter êxito na entrega de uma mensagem, por assim dizer, é ser fiel a Deus e ao conteúdo da mensagem, não tirando e não acrescentando nada as palavras.
Nesta linha de raciocínio, um pregador de sucesso, nem sempre (eu disse nem sempre), é o mais ouvido, o que tem mais nome, o que arrasta o maior numero de pessoas para ouvir suas preleções, o que está no topo, o que está sob a luz dos holofotes, o que fala bonito, o que tem os sermões mais técnicos e mais elaborados, aquele se expressa melhor etc. Pregador de sucesso é aquele que não acrescenta nem diminui o conteúdo da palavra a ser pregada. Que não muda o sermão para agradar ou para fazer média com alguém. Que não se entrega aos jargões, entregando-se a preguiça espiritual, deixando de orar e ler a Bíblia constantemente. Que não se envereda pelos caminhos dos modismos teológicos. Que não compromete a mensagem com invencionices da sua própria cabeça, que não tem fundamento e nem uma sólida e verdadeira base Bíblica.
Para que o pregador tenha êxito pessoal e agrade a Deus, deve ser fiel ao entregar a mensagem, não tendo como objetivo principal a popularidade e agenda cheia.
Preguemos a Santa Palavra do Senhor não tendo como fim os resultados visíveis, principalmente os instantâneos e imediatos.
A função do pregador é pregar a palavra e deixar por conta de Deus os resultados, o causar efeito profundo e duradoura é o papel da Palavra (Is. 55.11).

Wanderson de Paula

domingo, 24 de outubro de 2010

O Deus que se relaciona com o homem.


Dias 17 e 18 de Setembro, estava com meus queridos irmãos, Pastor Roldão Cunha missionária Ângela Lopes, era a festa do 3º aniversário da igreja que onde os mesmo são pastores.
Nestes dias estivemos reunidos entorno do tema “E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo”. Ez. 2.1.
Na sexta feira, dia 17, falamos sobre o Deus que se comunica e se relaciona com o homem - “FALAREI CONTIGO” – em contraste com os deuses que tem boca, mas não falam. Procuramos a demonstrar, que desde o princípio, quando Deus formou o homem, um dos principais propósitos foi o de manter contato, relacionar-se com o homem, que Ele, Deus, criou como coroa da criação.
Com a queda de Adão relacionamento foi interrompido e o resultado foi a inevitável separação entre o homem e Deus (Is. 59.2), mas Deus de muitas formas procurou manter contato, falar com o homem (Hb. 1.1). É interessante notarmos que Deus não depende e não precisaria buscar contato com o homem caído, pois, foi o próprio homem, usando do seu livre arbítrio, responsável por sua queda.
A lógica humana reza que, com raras excessões, que quem é da classe alta, não busca contato com as classes inferiores, apenas com aqueles que são do seu nível social, entre tanto como Deus não é homem, e não costuma agir como um, sempre buscou manter contato com o homem, mesmo esse homem imperfeito.
O ponto mais alto demonstrado por Deus nesta busca de restaurar o relacionamento que havia sido interrompido, foi profetizado por Isaías (7.14): “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”. O menino seria chamado EMANUEL, que traduzido é Deus conosco.
Para que o relacionamento fosse plenamente restaurado, o Verbo se fez carne, viveu, sofreu morte de cruz, mas ressuscitou ao terceiro dia. Após um período de 40 dias foi visto por Pedro, pelos doze, e por um grupo de quinhentas pessoas, Ele, Jesus, teria de retornar ao céus, mas para que permanecesse em contato com o homem, que agora fora perdoado, foi enviado o Santo Consolador, O Espírito Santo. Ainda hoje podemos usufruir dessa comunhão, desse contato direto com Deus, pois, O Pai enviou o Filho, O Filho veio, morreu, ressuscitou e ascendeu ao céus, mas o Espírito Santo foi enviado não só para ficar conosco, mas para habitar em nós. Amém.

Wanderson de Paula